Paranormalidade, Genética e Hereditariedade dos Pardebis
O termo “paranormal” passou a ser utilizado como terminologia para as manifestações de poderes mentais anormais de alguns indivíduos, cujas forças psíquicas ultrapassaram os limites conhecidos e explicados no contexto real e científico.
A comparação com o padrão de normalidade e a quebra do padrão gerou desconforto geral e, devido a falta de embasamentos científicos, o senso comum não soube como tratar esses indivíduos, a sociedade os rejeitou, foram marginalizados e condenados à morte por apresentarem risco ao padrão, considerados anomalias perigosas e incompreendidas. No entanto, estudos clínicos começaram a se desenvolver na busca de entendimento.
A paranormalidade passou a ser tratada como uma doença de proporções genéticas, crendo que a origem era um distúrbio, um dano, um erro no material genético, nos genes. Cogitava-se que as causas eram por diversos fatores: radiação, infecção, tipo de alimentação, estresse, entre outros. Contudo, tais estudos apresentavam problemas de metodologia, como a falta de critérios claros para o diagnóstico da doença que gerava a paranormalidade. Em geral, os diagnósticos provinham de impressões clínicas do próprio pesquisador ou de relatos de terceiros.
Timeskora tornou-se um país pioneiro em pesquisas científicas de parapsicologia. O governo viu o potencial desses indivíduos e, pensando em avançar com os estudos para usá-los posteriormente ao seu favor, investiu nas pesquisas criando laboratórios para estudos dessa modificação de padrão. Esses indivíduos tornaram-se objetos de interesse e iniciou-se testes em diversas áreas no âmbito científico, onde o termo “doença” foi excluído. Constatou-se que a alteração biológica interferia diretamente no psíquico, alterando a mente. O estado de saúde desses indivíduos trazia como consequência a faculdade de exercer um tipo de autoridade e uma relação direta com a capacidade de realizar algo além do possível e previsto. O termo utilizado passou a ser “poder paranormal” e não mais “doença paranormal”.
Os estudos de parapsicologia fizeram a divisão em três núcleos: Psi-kapa, Psi-Gama e Psi-Theta. Tais estudos eram exaustivos e desumanos, onde os indivíduos eram submetidos, contra sua vontade, a todo tipo de teste, o que gerava revolta, violência e resultados catastróficos para ambos os lados, levando muitos a loucura ou morte precoce sem que resultados efetivos tivessem sido obtidos.
O psicológico dos indivíduos dotados desse poder era extremamente afetado, não apenas por já possuir uma modificação no material genético, mas também por todo o contexto no qual eram inseridos e obrigados a viver até morrer. Eles mesmos não compreendiam o que os fazia serem anormais e a forma que eram obrigados a viverem — como cobaias de laboratórios ou como anomalias marginalizadas em subúrbios — os fazia negar e ocultar sua paranormalidade para se manterem vivos, livres e aceitos no convívio social, ainda que não tivessem garantia alguma de segurança, caso viessem a serem descobertos.
Isso permitiu àqueles que não eram diagnosticados, terem uma vida minimamente normal enquanto pudessem ocultar seus poderes paranormais. Conseguiam carreiras profissionais nas quais se sobressaiam devido ao alto QI. Muitos constituíam famílias e obtinham estabilidade financeira, mas bastava um pequeno deslize que demonstrasse seus poderes paranormais para perderem tudo, serem perseguidos, presos ou mortos, e suas famílias, ainda que nada tivessem da paranormalidade, também eram executadas como forma de prevenção e ou punição.
Quando ocorreu a Revolução de Yanni e a maioria desses indivíduos conseguiu deixar o país, alguns permaneceram presos nos laboratórios de cidades mais afastadas e proporcionaram a continuidade das pesquisas. Aqueles que conseguiram cruzar as fronteiras, fundaram a cidade de Nirdovi e se denominaram Pardebis, tal nome passou a identificar todos os que desenvolviam aquelas características de força psíquica, fosse pela alteração genética ou hereditária: o gene Pardebi.
O governo de Timeskora fortificou sua segurança nos laboratórios para impedir qualquer fuga ou resgate, pois precisava das cobaias para dar continuidade às pesquisas. Com o avanço da ciência, descobriram que apenas 2% desses genes modificados eram herdados. De alguma forma, por alguma razão — que nunca foi esclarecida — o material genético (DNA) sofria uma modificação ou danificação e a paranormalidade se instalava.
Ainda que com a baixa probabilidade, o gene Pardebi podia ser herdado e transmitido entre gerações, podendo se manifestar em algum momento da vida. Também podendo ocorrer o acidente nos genes durante o desenvolvimento do embrião ou durante o parto, ocorrendo um erro em algum cromossomo que não foi herdado dos pais. Assim, também considerado um gene autossômico porque ocorre em um cromossomo que não é responsável pela determinação do sexo do bebê. Tanto meninos quanto meninas podem ser Pardebis na mesma proporção.
Os estudos tinham como objetivo descobrir quais os cromossomos eram responsáveis pela paranormalidade e isolá-los, promovendo a remoção ou inserção dos poderes conforme fosse necessário. Tal objetivo nunca foi alcançado, já que o gene Pardebi não tinha um padrão.
Não havendo um padrão definido era impossível fazer qualquer previsão. Podendo acontecer, inclusive, de nunca ser manifestado, ou se manifestar depois de muitas gerações. Por esse motivo, muitos Pardebis permaneceram fora de Nirdovi, pelo fato de não saberem que carregavam o gene e transmitiam, silenciosamente, para as próximas gerações.
Posteriormente, passou a existir alguns recursos genômicos que permitiam planejar a gravidez e tomar as medidas preventivas necessárias. No entanto, não havia nenhum tipo de tratamento para neutralizar o poder paranormal. Ainda que o diagnóstico fosse negativo e a presença do gene não detectada, o indivíduo filho de pais portadores do gene poderia tornar-se Pardebi na idade adulta e passar a paranormalidade para a próxima geração.
No caso de hereditária, estudos revelaram que não era recessivo porque não necessitava herdar uma cópia do gene de cada um dos pais. Se a pessoa herdasse uma cópia do gene Pardebi de apenas um deles e um gene normal do outro, ainda teria possibilidades de desenvolver e manifestar algum tipo de poder paranormal. Mesmo em gêmeos idênticos poderia ocorrer diferentes formas de poderes, ou até mesmo um ser Pardebi e o outro não.
Tornou-se comum afirmações do tipo: “na nossa família nunca teremos um Pardebi” ou “só pode ter herdado de fulano”. Tais afirmações além de totalmente equivocadas, também provocavam sentimentos negativos tanto na família que descobria um de seus membros como portador do gene, quanto no Pardebi recém descoberto. Isso foi o fator principal que desencadeou o ódio, preconceito e intolerância.
O termo “paranormal” passou a ser utilizado como terminologia para as manifestações de poderes mentais anormais de alguns indivíduos, cujas forças psíquicas ultrapassaram os limites conhecidos e explicados no contexto real e científico.
A comparação com o padrão de normalidade e a quebra do padrão gerou desconforto geral e, devido a falta de embasamentos científicos, o senso comum não soube como tratar esses indivíduos, a sociedade os rejeitou, foram marginalizados e condenados à morte por apresentarem risco ao padrão, considerados anomalias perigosas e incompreendidas. No entanto, estudos clínicos começaram a se desenvolver na busca de entendimento.
A paranormalidade passou a ser tratada como uma doença de proporções genéticas, crendo que a origem era um distúrbio, um dano, um erro no material genético, nos genes. Cogitava-se que as causas eram por diversos fatores: radiação, infecção, tipo de alimentação, estresse, entre outros. Contudo, tais estudos apresentavam problemas de metodologia, como a falta de critérios claros para o diagnóstico da doença que gerava a paranormalidade. Em geral, os diagnósticos provinham de impressões clínicas do próprio pesquisador ou de relatos de terceiros.
Timeskora tornou-se um país pioneiro em pesquisas científicas de parapsicologia. O governo viu o potencial desses indivíduos e, pensando em avançar com os estudos para usá-los posteriormente ao seu favor, investiu nas pesquisas criando laboratórios para estudos dessa modificação de padrão. Esses indivíduos tornaram-se objetos de interesse e iniciou-se testes em diversas áreas no âmbito científico, onde o termo “doença” foi excluído. Constatou-se que a alteração biológica interferia diretamente no psíquico, alterando a mente. O estado de saúde desses indivíduos trazia como consequência a faculdade de exercer um tipo de autoridade e uma relação direta com a capacidade de realizar algo além do possível e previsto. O termo utilizado passou a ser “poder paranormal” e não mais “doença paranormal”.
Os estudos de parapsicologia fizeram a divisão em três núcleos: Psi-kapa, Psi-Gama e Psi-Theta. Tais estudos eram exaustivos e desumanos, onde os indivíduos eram submetidos, contra sua vontade, a todo tipo de teste, o que gerava revolta, violência e resultados catastróficos para ambos os lados, levando muitos a loucura ou morte precoce sem que resultados efetivos tivessem sido obtidos.
O psicológico dos indivíduos dotados desse poder era extremamente afetado, não apenas por já possuir uma modificação no material genético, mas também por todo o contexto no qual eram inseridos e obrigados a viver até morrer. Eles mesmos não compreendiam o que os fazia serem anormais e a forma que eram obrigados a viverem — como cobaias de laboratórios ou como anomalias marginalizadas em subúrbios — os fazia negar e ocultar sua paranormalidade para se manterem vivos, livres e aceitos no convívio social, ainda que não tivessem garantia alguma de segurança, caso viessem a serem descobertos.
Isso permitiu àqueles que não eram diagnosticados, terem uma vida minimamente normal enquanto pudessem ocultar seus poderes paranormais. Conseguiam carreiras profissionais nas quais se sobressaiam devido ao alto QI. Muitos constituíam famílias e obtinham estabilidade financeira, mas bastava um pequeno deslize que demonstrasse seus poderes paranormais para perderem tudo, serem perseguidos, presos ou mortos, e suas famílias, ainda que nada tivessem da paranormalidade, também eram executadas como forma de prevenção e ou punição.
Quando ocorreu a Revolução de Yanni e a maioria desses indivíduos conseguiu deixar o país, alguns permaneceram presos nos laboratórios de cidades mais afastadas e proporcionaram a continuidade das pesquisas. Aqueles que conseguiram cruzar as fronteiras, fundaram a cidade de Nirdovi e se denominaram Pardebis, tal nome passou a identificar todos os que desenvolviam aquelas características de força psíquica, fosse pela alteração genética ou hereditária: o gene Pardebi.
O governo de Timeskora fortificou sua segurança nos laboratórios para impedir qualquer fuga ou resgate, pois precisava das cobaias para dar continuidade às pesquisas. Com o avanço da ciência, descobriram que apenas 2% desses genes modificados eram herdados. De alguma forma, por alguma razão — que nunca foi esclarecida — o material genético (DNA) sofria uma modificação ou danificação e a paranormalidade se instalava.
Ainda que com a baixa probabilidade, o gene Pardebi podia ser herdado e transmitido entre gerações, podendo se manifestar em algum momento da vida. Também podendo ocorrer o acidente nos genes durante o desenvolvimento do embrião ou durante o parto, ocorrendo um erro em algum cromossomo que não foi herdado dos pais. Assim, também considerado um gene autossômico porque ocorre em um cromossomo que não é responsável pela determinação do sexo do bebê. Tanto meninos quanto meninas podem ser Pardebis na mesma proporção.
Os estudos tinham como objetivo descobrir quais os cromossomos eram responsáveis pela paranormalidade e isolá-los, promovendo a remoção ou inserção dos poderes conforme fosse necessário. Tal objetivo nunca foi alcançado, já que o gene Pardebi não tinha um padrão.
Não havendo um padrão definido era impossível fazer qualquer previsão. Podendo acontecer, inclusive, de nunca ser manifestado, ou se manifestar depois de muitas gerações. Por esse motivo, muitos Pardebis permaneceram fora de Nirdovi, pelo fato de não saberem que carregavam o gene e transmitiam, silenciosamente, para as próximas gerações.
Posteriormente, passou a existir alguns recursos genômicos que permitiam planejar a gravidez e tomar as medidas preventivas necessárias. No entanto, não havia nenhum tipo de tratamento para neutralizar o poder paranormal. Ainda que o diagnóstico fosse negativo e a presença do gene não detectada, o indivíduo filho de pais portadores do gene poderia tornar-se Pardebi na idade adulta e passar a paranormalidade para a próxima geração.
No caso de hereditária, estudos revelaram que não era recessivo porque não necessitava herdar uma cópia do gene de cada um dos pais. Se a pessoa herdasse uma cópia do gene Pardebi de apenas um deles e um gene normal do outro, ainda teria possibilidades de desenvolver e manifestar algum tipo de poder paranormal. Mesmo em gêmeos idênticos poderia ocorrer diferentes formas de poderes, ou até mesmo um ser Pardebi e o outro não.
Tornou-se comum afirmações do tipo: “na nossa família nunca teremos um Pardebi” ou “só pode ter herdado de fulano”. Tais afirmações além de totalmente equivocadas, também provocavam sentimentos negativos tanto na família que descobria um de seus membros como portador do gene, quanto no Pardebi recém descoberto. Isso foi o fator principal que desencadeou o ódio, preconceito e intolerância.
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